sábado, 8 de janeiro de 2022

Ghostbusters: Afterlife (2021)

Precisamente trinta e dois anos depois de ‘Ghostbusters II’ (1989) a Sony aposta em revisitar o estimado franchise para nos brindar com a anunciada sequela ‘Ghostbusters: Afterlife’. ‘Ghostbusters: Afterlife’ tinha à partida dois objectivos bem traçados, desde logo fazer esquecer o aberrante, idiota e desrespeitoso reboot ‘Ghostbusters’ (2016) e ao mesmo tempo funcionar como uma espécie de homenagem ao falecido Harold Ramis, o Dr. Egon Spengler, um dos três caça-fantasmas originais, e posso afirmar com segurança que o filme cumpriu na plenitude esses dois objectivos, no entanto se conseguirmos analisar ‘Ghostbusters: Afterlife’ isoladamente ficam bastante evidentes as falhas do filme. ‘Ghostbusters: Afterlife’ (realizado por Jason Reitman, filho de Ivan Reitman) começa com a ida de Callie/Carrie Coon e os seus filhos para uma quinta na província, uma herança do seu recentemente falecido pai (Dr. Egon Spengler), a única solução viável para Callie e a sua família tendo em conta o seu recente despejo, todavia os seus dois filhos vão progressivamente tomando consciência do legado do seu falecido avô e da estreia ligação desta mesma quinta ao sobrenatural. Se no primeiro terço do filme o argumento de ‘Ghostbusters: Afterlife’ apresenta uma solidez e uma respeitabilidade interessantes o que dizer do restante história?! Mais uma vez estamos na presença de uma sequela que tenta recriar (ao bom estilo da contrafacção) o mesmo desenrolar de uma história passada décadas atrás, quando se pedia um mínimo de criatividade e o que nos foi oferecido foi novamente a narrativa de Gozer e os seus lacaios (The Keymaster e The Gatekeeper), ou seja, uma variante apelativa à nostalgia culminando num final tão previsível e forçado que chega a roçar o ridículo. 

6/10

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