A par de Denis Villeneuve e Christopher
Nolan, Wes Anderson é um dos
mais “novos” realizadores a criar um inconfundível estilo de realização, no
caso de Anderson um estilo onde o foco
no detalhe e na simetria, o jogo de cores nos cenários, os diálogos acelerados
e uma espécie de “marionetização” dos movimentos são as características principais.
Na nova proposta de Anderson ‘The Phoenician Scheme’, Benicio Del Toro é Zsa-zsa Korda, um abastado homem de negócios eticamente questionável,
depois de várias tentativas falhadas do seu assassinato Korda decide nomear a sua filha Leisl/Mia Threapleton
como sua única herdeira todavia com algumas imposições sendo que a mais
importante é Leisl ajuda-lo no seu
derradeiro projecto megalómano The
Phoenician Scheme. A história do filme vai-se desenrolando a um bom ritmo
por entre intrigas, traições, espionagem e dilemas morais e uma comédia negra
bem ao jeito de Wes Anderson. Como também
já vai sendo hábito nos seus filmes o elenco conta com uma longa lista de “pesos
pesados” do cinema (Scarlett Johansson,
Benedict Cumberbatch, Bill Murray, Tom Hanks, Bryan Cranston,
Willem Dafoe ou Jeffrey Wright), todos eles com papéis curtos. Os últimos destaques
vão para a interessante interpretação de Michael
Cera na pele de Bjorn Lund, o
tutor da freira Leisl e não menos importante
o mais que merecido regresso ao protagonismo de Benicio Del Toro, uma fabulosa interpretação num género de filme em
que ele se sente particularmente confortável.
8/10
Sem comentários:
Enviar um comentário