terça-feira, 6 de setembro de 2016

Meshuggah - Obzen (2008)



Uma banda à parte sem duvida, falo dos Meshuggah que para muita gente pode ser um banda já “old school” mas não é o meu caso. Os Meshuggah são uma banda com uma estrutura musical do mais complexo possível, mais uma prova disso é este “Obzen” parece que pegaram no Progressivo e o transformaram num caos controlado. Em “Obzen” mais uma vez se assiste a um desfile de como saber temporizar como ninguém a composição musical, uma técnica invejada e invejável, um peso brutal em cada riff a provar que a velocidade não é sinónimo de peso. Os Meshuggah neste álbum continuam a sua carreira de costas voltadas para tudo o que é “trendy”, se por esta altura o Math/Djent não o era, já o vão sendo por estes dias fazendo passar a ideia que os Meshuggah serão sempre “Leaders” e não “Followers”. Destaque para as fantásticas “Bleed”, “Lethargica” e o tema título “Obzen”, verdadeiras bombas de peso e técnica. 

7.5/10

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Captain America: Civil War (2016)



Pululam e de que maneira os filmes baseados em Comics por estes dias, um dos mais recentes é este Captain America: Civil War. Como já tinha referido em posts anteriores sou fan de Banda Desenhada e em particular dos Vingadores portanto estou perfeitamente à vontade para criticar este tipo de filmes. Captain America: Civil War é já o terceiro filme do Captain America e decididamente o melhor dos 3, mas desengane-se quem pensa que só por isso o filme é algo de extraordinário porque não o é. Em Captain America: Civil War a acção é constante e estonteante, para quem tinha saudades de um filme com overdose de acção á moda antiga não vai ficar desiludido com certeza, já em contrapartida quem é fiel leitor de Banda Desenhada como eu já deve por esta altura estar saturado dos atropelos constantes, desprestigiantes e quase desrespeitosos às histórias da BD. Desde o uniforme ridículo do Vision, ao poder estapafúrdio de Wanda a lista é extensa e dolorosa. Caros amigos de Hollywood, não, não é possível reduzir mais de 50 anos de histórias de BD a meia dúzia de filmes por muito que tentem.

6/10

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Now You See Me 2 (2016)



A história de um filme que afinal não era filme nenhum. Now You See Me 2 é a sequela natural de Now You See Me…e que má decisão foi a de se fazer uma sequela, mas como em muitas outras vertentes o dinheiro fala mais alto. Now You See Me 2 é um filme do mais básico que tenho visto em cinema, a história não obedece a qualquer tipo de logica as personagens são fraquíssimas e desinteressantes e a realização parece ter sido feita assente em efeitos visuais com muita luz e cor para encobrir tudo isto. O filme parece ter sido feito num pressuposto que não é preciso explicar nada do que vai acontecendo, acontecem coisas apenas porque sim e as suas consequências são nulas. Enfim até a crítica ao filme é possível que seja enfadonha pois é o reflexo do mesmo. Um sucessão de clichés numa longa-metragem sobre coisa nenhuma e sem sentido…enfim um verdadeiro acidente cinematográfico. O mais curioso é que Now You See Me até tinha sido razoável. 

5/10 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ghost – Meliora (2015)



Juntem um grupo de artistas que conseguiram manter-se no anonimato mais tempo que Slipknot, com um som tão catchy como o das mais famosas bandas de Rock e Heavy Metal, um tema teatral e obscuro a contrastar com o tom melodioso e temos a receita para o sucesso.

“Meliora” é o 3º álbum de Ghost (ou Ghost B.C.) e apesar de não me encher tanto as medidas como o anterior “Infestissuman”, segue as pisadas do Rock Progressivo e Psicadélico dos anos 60 e 70 e o Heavy Metal dos anos 80 que me tornaram um dependente neste som melodioso e atmosférico funcionando como uma massagem após uma maratona, ou seja, como uma dimensão à parte onde posso relaxar e ouvir um som descomplicado após 25 horas por dia de agressividade e complexidade no Death, Doom ou Avant-garde.

Não podia faltar o groove nas guitarras, os sinfónicos teclados e a harmoniosa voz de Papa Emeritus III mas se há algo a apontar talvez seja a perda de alguma da musicalidade mais característica e sombria dos álbuns anteriores.

Quanto às músicas destaco “Cirice” e “Deus In Absentia” que poderiam ser acompanhadas por mais uma ou duas do mesmo nível, mas no geral não desilude quem já está familiarizado com a banda.


por: ExtinThor

7.5/10 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Philm - Fire From The Evening Sun (2014)



Desconhecia por completo os Philm, embora me tenha prendido desde logo a atenção o facto de o baterista se chamar Dave Lombardo, que entretanto e infelizmente já saiu da banda. “Fire From The Evening Sun” é uma verdadeira pedrada no charco, quando a musica mais pesada parece em geral atravessar uma espécie de bloqueio criativo, estes Philm derrubam com classe esse paradigma com este álbum. O próprio tema título “Fire From The Evening Sun” “Train” e “Blue Dragon” são músicas geniais de talento puro. O álbum está embrenhado num Rock Progressivo Experimentalista sublimemente peculiar como variadíssimas influências que resultam num som inovador e com imensa originalidade. Grande destaque para as guitarras que de facto são a alma do álbum, a bateria está entregue a um mestre do Thrash mas a mostrar a sua versatilidade tocando num registo totalmente diferente e uma vocalização que não sendo brilhante prima pela intensidade. Um dos melhores álbuns de 2014 e talvez até o mais criativo, os Philm vão ter uma árdua tarefa de superar este “Fire From The Evening Sun”.

8/10