Mandy é o novo filme de terror
protagonizado pelo mal-amado Nicholas
Cage. Cage parece ser o tipo de
actor que por estes dias já nem lê os guiões previamente, aceita os papéis
completamente “às escuras”, deixando-me sempre na defensiva acerca da qualidade
dos filmes onde participa. Mandy no
entanto veio a provar-se não ser um desses casos, pois o filme é surpreendentemente
refrescante até para quem não aprecia particularmente filmes de terror como é o
meu caso. O argumento é bastante simples e directo, a história não é mais do
que uma vingança pessoal, o brilhantismo de Mandy não se encontra aí mas sim na sua realização, a parte visual
é sublime, carregada de cores e de sobreposições, como se estivéssemos permanentemente
sob o efeito de uma alucinogénio, a banda sonora densa e carregada também contribui
para o sucesso desta verdadeira homenagem aos filmes de terror dos anos 70/80
muito no seguimento do que feito Rob
Zombie. Merecem também um destaque positivo, a razoável prestação de Nicholas Cage, a diversidade de personagens
marcantes e a referência subtil aos incontornáveis Celtic Frost. Destaco como principal ponto negativo o excesso de “gore”
na parte final do filme, claramente um exagero desnecessário.
7/10
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