David Fincher, o conceituado realizador que durante por mais de
duas décadas muito fez por nivelar por cima a qualidade do cinema
norte-americano, também ele dedicou-se agora às séries (é incrível o prestigio
que tem as séries hoje em dia). O seu sobejamente conhecido interesse no tema “serial killers” foi por demais evidente
na criação de Mindhunter. Mindhunter é uma série bastante sofisticada e inovadora pois esmiuça o
tema “serial killers” na vertente
dos “profilers” mas na precisa
altura da génese do seu aparecimento no FBI,
quando ainda nem sequer o termo profiler
era utilizado.
Na
primeira Season e logo desde início são-nos dados a conhecer os dois protagonistas, Holden Ford (Jonathan Groff)
que, com uma invulgar capacidade psíquica, uma impressionante intuição e uma incrível
mestria em identificar pormenores importantes fazem dele o protótipo de um profiler e o seu colega Bill Tench (Holt McCallany) o detective da velha guarda, implacável no escrutínio
das provas e incorruptível, os dois fazem uma dupla com uma dinâmica muito própria.
A série desenvolve-se numa toada de entrevistas aos mais intrigantes e
perigosos assassinos em série que estavam encarcerados na altura. Mais tarde na
série surge ainda um terceiro elemento, a brilhante académica Dr. Wendy Carr (Anna Torv) muito astuta na área psicológica ficando-lhe entregue o
trabalho de documentar e analisar as mesmas entrevistas, feitas ao longo da série.
Na
Season 2 e já com uma unidade do FBI apenas dedicada aos “Serial Killers” embora ainda num estado
muito embrionário, a dupla Holden/Tench começa
quase por acaso a investigar uma série de assassinatos de crianças afro-americanos
em Atlanta em simultâneo com mais entrevistas
sendo as mais notórias aos emblemáticos “Son
of Sam” e Charles Manson. É também na segunda Season que o detective Bill Tench é confrontado com um sensível
drama familiar.
Quem
como eu tem um apaixonante interesse pela psicologia criminal, Mindhunter é sem dúvida a série a não
perder.
8.5/10
Sem comentários:
Enviar um comentário