Era a grande aposta dos cinemas
na reabertura pós confinamento, falo de 'Tenet'
o novo filme do prodigioso Christopher
Nolan. Não sendo provavelmente dos melhores filmes do carismático
realizador parece-me no entanto ter o potencial suficiente para ser das
melhores longas-metragens de 2020. Christopher
Nolan é um dos últimos bastiões de prestigio do cinema Norte-Americano e um
dos poucos realizadores restantes a olhar para o cinema enquanto uma arte,
invulnerável a agendas politicas e inclusões forçadas Nolan consegue mais uma vez realizar o filme reduzindo praticamente
a zero os efeitos visuais computorizados recorrendo invariavelmente a técnicas
de filmagem mais “old school”. A história de 'Tenet' baseia-se no protagonista (John David Washington) que entra para uma organização secreta de
seu nome Tenet que fez uma
descoberta impensável, alguém de algum modo terá concebido uma maneira de
aplicar entropia invertida, que mais não é do que entropia que se manifesta ao
contrário no tempo, a partir deste momento o filme entra numa complexa e
bizarra espiral de acontecimentos onde a acção é intercalada com relevantes e
importantes informações sobre a história. Queria destacar não só, o pormenor de
Nolan ao utilizar um ‘palíndromo de sator’ como fonte de
inspiração para vários nomes que vão surgindo em 'Tenet', como também e conforme já tinha acontecido em 'Interstellar' a ausência de qualquer
imagem do último terço do filme no trailer publicitário. Um último destaque
para a participação da nova estrela ascendente de Hollywood Robert Pattinson no papel de Neil com uma interpretação bastante
eficaz e uma boa dinâmica com o protagonista. Quem admirou 'Inception' certamente não vai ficar
desiludido com mais este intenso, moderno e surreal Thriller de espionagem onde não se pode desprezar a utilidade da
vanguardista e citadina banda sonora.
8/10
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