Se por breves momentos ‘Dune: Part One’ teve o condão de nos fazer esquecer o estado decrepito em que se encontra o cinema (dos milhões) Norte-Americano, ‘Venom: Let There Be Carnage’ consegue resgatar-nos para essa miserável realidade a uma velocidade vertiginosa. Três anos depois de ‘Venom’ o poderoso simbionte está de volta em ‘Venom: Let There Be Carnage’, a amaldiçoada sequela com todos os defeitos a que tem direito. A inclusão de um novo simbionte (Carnage) já de alguma forma anunciada em 'Venom' seria à partida um factor de interesse suplementar no filme, no entanto a escolha de Woody Harrelson parta o papel de Cletus Kasady/Carnage revelou-se um verdadeiro desastre e um pecado capital para o sucesso do mesmo. Todavia essa está longe de ser a única adversidade em ‘Venom: Let There Be Carnage’, pois o argumento cozinhado num caldo de incongruências e infantilidades, a inexplicável tendência para o humor de bolso de Venom, a fraca (novamente) e desconfortável prestação de Tom Hardy como Venom e a afronta aos argumentistas das BD’s dos respectivos personagens são apenas os outros factores a ter em conta para o desastroso resultado final de mais um atentado à sétima arte. Uma breve nota para o sensacional trabalho de equipa de CGI na concepção dos dois simbiontes com particular destaque para Carnage. Scorsese teve os t…a coragem para o dizer, e a cada novo filme de “Super-heróis” a sua ideia sai mais reforçada, ‘Venom: Let There Be Carnage’ é apenas mais um “bilhete” para o parque temático.
4.5/10
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