‘The Power of the Dog’ foi um dos filmes com mais nomeações num total de 11, mas tal como ‘Belfast’ acabou por apenas confirmar uma delas (Melhor Realizador), saindo assim como um dos maiores derrotados da cerimónia dos Óscares. O argumento de ‘The Power of the Dog’ transporta-nos para o longínquo ano de 1925 algures no Montana onde os irmãos Burbank (Phil/Benedict Cumberbatch e George/Jesse Plemons) são detentores de um muito bem-sucedido rancho, esse mesmo rancho (aparentemente já pertença da família há algum tempo) é todavia o único ponto de confluência entre as suas díspares personalidades. Phil parece carregar uma profunda angústia proveniente de uma forte nostalgia sobre um passado que o marcou em definitivo e que o transformou numa pessoa austera, rude e cruel apesar do seu nível de cultura ser bastante acima da média para a altura em questão, enquanto George revela-se uma personagem afável, afectuoso e gentil. Apesar das devidas diferenças ‘The Power of the Dog’ tem sem dúvida alguma convergência com ‘Brokeback Mountain’, quer pelo ambiente “Western” quer pelo enfoque no tema da homossexualidade, factor que não sendo problemático reduz de alguma forma o nível de originalidade. ‘The Power of the Dog’ acaba por ser um filme que não sendo entediante tem pouco de imprevisível e de entusiasmante, a excepção é seguramente a impressionante interpretação de Cumberbatch na difícil “pele” de Phil Burbank. Um derradeiro destaque para a participação de Kirsten Dunst no papel de Rose Gordon, ela que acaba por se casar com George Burbank recuperando assim o inesquecível casal da Season 2 de ‘Fargo’.
6.5/10
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