Numa altura em que o terror é um género que tem alguma dificuldade em captar seguidores ‘Hereditary’ alimentou espectativas consideráveis, contudo essas espectativas acabaram por não ser totalmente correspondidas. Contando com a participação de Toni Collette/Annie e Gabriel Byrne/Steve (dois actores bastante familiarizados com o género em questão), a história de ‘Hereditary’ começa precisamente com a morte da mãe de Annie precipitando o luto da sua família (Steve e os seus dois filhos Charlie e Peter), todavia esta morte seria apenas o inicio de uma serie de eventos trágicos empurrando toda a família para turbilhão emocional sem fim à vista. Se a primeira metade de ‘Hereditary’ promete e de que maneira pois o terror está potenciado pelo drama e por um suspense alicerçado na lógica e na fiabilidade a segunda parte do filme e especialmente o seu final deitam tudo a perder, o argumento que até aí cativa os espectadores parece ter sido finalizado de forma atabalhoada e em contra-relógio, deixando ficar a sensação que a ideia inicial do filme merecia sem duvida um final mais consistente e credível. Uma última nota para a formidável prestação de Toni Collette na pele de Annie, sem dúvida a melhor interpretação de ‘Hereditary’.
6.5/10
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