A novidade acerca dos argumentos de filmes no subgénero Super-heróis é que eles não só transparecem mediocridade para o filme em questão mas tratam de arruinar os argumentos de possíveis sequelas. Três anos depois de ‘Venom: Let There Be Carnage’ chega a anunciada sequela ‘Venom: The Last Dance’ e o filme além de consolidar alguns dos erros comuns aos seus predecessores tem ainda o condão de acumular outros tantos. Sendo verdade que é impossível condensar anos de histórias de BD num filme de duas horas é impressionante a incapacidade dos argumentistas em oferecer o mínimo de contexto ou justificação para os acontecimentos, a história vai-se desenrolando numa base do ‘é assim porque sim’, resumindo-se um filme numas sequências de acção assentes numa narrativa ridícula, fútil e altamente conveniente. A insistência numa parceria Eddie Brock/Venom em modo ventríloquo além de aborrecida começa a ser embaraçosa até para o próprio Tom Hardy. Outro vector em que ‘Venom: The Last Dance’ falha em toda a linha é na parca explicação da origem de vários novos simbiontes, aliás durante todo o filme nem sequer se chega a saber os nomes de nenhum simbionte. Para além dos novos simbiontes ‘Venom: The Last Dance’ conta também com a inclusão de Knull (uma espécie de Deus criador do Planeta dos simbiontes Klyntar), também Knull sofre de uma escassa atenção durante o filme ficando o seu passado e as suas ambições com explicações pendentes. Em jeito de conclusão ‘Venom: The Last Dance’ é o terceiro filme de uma trilogia sustentada em argumentos que não passam de manta de retalhos, mais uma hora e cinquenta minutos de “plástico” cinematográfico numa arte cada vez mais “plástica”.
4.5/10
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