Finalmente! O famoso ditado “mais
vale tarde do que nunca” assenta perfeitamente aqui, depois de uma longa e inevitável
espera, vamos finalmente e como prometido inaugurar o separador dedicado às
séries aqui no Blog, a anómala e frenética
“imposição musical” de 2018 justifica o essencial desta involuntária demora.
Começamos
logo com uma das séries mas emblemáticas do “império” Netflix, falo de Daredevil. É bastante evidente para
quem está minimamente atento, o acelerado aumento de qualidade das séries em
geral na ultima década quase directamente proporcional à abrupta queda dessa
mesma qualidade no Cinema. Daredevil
é disso o perfeito exemplo, quando pululam os filmes de super-heróis onde o fantástico e o espalhafatoso são as palavras de
ordem, Daredevil parece contrastar
com tudo isso, porquê? Porque é uma série simplesmente credível, sóbria e
sincera, onde o respeito pelas BD’s
que servem como inspiração para a série é intocável. Depois da atrocidade cinematográfica
de Daredevil (2003) com Bem Affleck a serie vem limpar essa miserável
imagem deixada pelo filme. Se na Season
1 a narrativa centra-se numa espécie de introdução ao mundo de Matt Murdock/Daredevil, através de assertivos
flashbacks sobre a morte do seu pai e sobre o famoso acidente que mudou a sua
vida para sempre com uma impressionante fidelidade às BD’s originais e uma prevalência do humanismo e da austeridade no
desenrolar da história em detrimento da espectacularidade dos efeitos visuais e
do humor descabido e básico. É também na Season
1 que nos é apresentado o imponente e incontornável Wilson Fisk (Kingpin),
talvez a melhor interpretação entre todas as personagens da série.
A
Season 2 centra-se essencialmente na
“queda do Kingpin” que é também uma
conceituada BD do mesmo nome. É de
destacar igualmente o aparecimento de dois novos personagens, a apaixonante e mortífera
EleKtra e o justo e irredutível Punisher (que acabaria por merecer uma
série onde é ele o protagonista) contribuindo ambos para a excelência de Daredevil.
A
Season 3 saiu há relativamente pouco
tempo e o seu foco é na queda de Matt
Murdock em simultâneo com a “re-ascensão”
de Wilson Fisk, ganha também
destaque o aparecimento de mais um personagem (Bullseye). Um serie imperdível para quem gosta de um olhar sério e
adulto sobre um super-herói.
8/10
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