Batman: The Dark Knight Returns, Part 1 (2012)

Outro dos filmes de animação com mais sucesso produzido pela Warner Bros. em colaboração com a DC Comics é ‘Batman: The Dark Knight Returns, Part 1’. ‘Batman: The Dark Knight Returns, Part 1’ é a primeira parte de uma adaptação do aclamado Graphic Novel com o mesmo título, escrito por uma verdadeira lenda viva do vasto universo da BD, estamos a falar do senhor Frank Miller. Na cronologia de ‘Batman: The Dark Knight Returns, Part 1’ Bruce Wayne encontra-se retirado e numa espécie de “reforma” antecipada pois vai para uma década a ultima vez que “vestiu a pele” de Batman, todavia uma nova criminalidade vem-se apoderando da sua estimada cidade (Gotham), uma pseudo milícia de marginais que espalham o terror gozando de uma compreensível sensação de impunidade (os mutantes), com esta nova realidade e apesar da sua idade avançada Wayne decide então que este é momento certo para o Cavaleiro das Trevas voltar a entrar em acção. Uma deliciosa adaptação que consegue absorver e transpor para o grande ecrã a genialidade da escrita do mestre Frank Miller numa aminação madura, genuína, sombria e violenta. 

8/10

[Trailer] 

Batman: Gotham Knight (2008)

‘Batman: Gotham Knight’ é uns dos primeiros filmes do longo e diversificado “menu” da parceria Warner Bros/DC Comics no que a animação diz respeito. O formato do filme é claramente decalcado de ‘Animatrix’, não só pela atmosfera que de algum modo é influenciada por Anime, mas também porque tal como em ‘Animatrix’, ‘Batman: Gotham Knight’ é apresentado por um conjunto de várias mini histórias do nosso conhecido protector de Gotham e em todas elas a animação é heterogénea. A tripla de realizadores Yasuhiro Aoki, Futoshi Higashidee e Toshiyuki Kubooka mostram assim a sua perspectiva do icónico Cavaleiro Negro com a ajuda de Jordan Goldberg no argumento, ele que também participou na produção do formidável ‘The Dark Knight’. Batman enfrenta recentes e antigos inimigos como Killer Croc, Scarecrow ou Deadshot em seis pequenas histórias sombrias, cruas e lúgubres onde a acção é constante e intensa mas a componente dramática e introspectiva do Cavaleiro das Trevas nunca é desprezada. 

8.5/10

[Trailer] 

Lock Up - The Dregs Of Hades (2021)

Outro lançamento digno de registo fica à responsabilidade dos Lock Up, intitula-se ‘The Dregs of Hades’ e é o quinto álbum de originais da banda Britânica. Se a partida do formidável baterista Nick Barker deixou os fãs de algum modo apreensivos em boa altura os Lock Up “sacudiram” essa mesma apreensão com duas “aquisições” de valor incontestável, falo do baterista Adam Jarvis (Misery Index, Pig Destroyer) e do mítico vocalista Tomas Lindberg (At The Gates). Depois do sensacional ‘Demonization’, as expectativas estavam nos píncaros para este ‘The Dregs of Hades’, e se existe banda capaz de cumprir as expectativas são os Lock Up, o rolo compresso de Grindcore/Death Metal impiedoso e visceral está de volta e mais sedento de sangue do que nunca. Uma infernal e ininterrupta intempérie de riffs vertiginosos numa perfeita simbiose com outros menos ambiciosos mas empertigados com Groove dão o mote para lacerantes, curtos, intensos e vigorosos temas que raramente passam os três minutos. Faixas como ‘Misdirection Thief’, ‘Dead Legions’ ou ‘Reign On In Hell’ empurram ‘The Dregs of Hades’ para um nível muito próximo do atingido pelo seu predecessor. 

8/10 

[Sample]

Black Label Society - Doom Crew Inc. (2021)

Quem também está de volta é o lendário guitarrista Zakk Wylde com os seus estimados Black Label Society e com uma novidade no cardápio, ‘Doom Crew Inc.’ o décimo primeiro álbum de originais da banda. Foi para mim bastante evidente a quebra qualitativa dos Black Label Society nos álbuns que sucederam ‘Order Of The Black’ (2010), talvez o álbum mais consistente da banda e certamente um dos mais rápidos, se espremermos bem ‘Catacombs of the Black Vatican’ (2014) e o mais recente ‘Grimmest Hits’ (2018) dificilmente conseguiremos reunir mais do que 3 ou 4 faixas de inequívoca qualidade, pouco, muito pouco para o que a banda em tempos já provou. ‘Doom Crew Inc.’ (cujo nome é uma clara e merecida homenagem à equipa técnica de Zakk Wylde) vem precisamente demonstrar isso com um salto qualitativo embora ligeiro, é verdade que os Black Label Society continuam a sua recente tendência para enveredar por um Southern Heavy Metal lento e compassado assente em riffs completamente saturados de Groove, no entanto a rapidez que também os caracterizou nos seus álbuns mais antigos volta a não ser aposta. Longe de ser um álbum perfeito ‘Doom Crew Inc.’ reúne ainda assim temas que tem o potencial para se tornar clássicos da banda como é o caso do single ‘Set You Free’, ‘Destroy & Conquer’, ‘Forsaken’ ou ‘Gather All My Sins’, em contrapartida e numa opinião muito pessoal penso que a banda continua a exagerar na quantidade de “baladas” por álbum, pois se Zakk é reconhecidamente um dos melhores guitarristas de sempre, como pianista dificilmente se consegue distanciar da mediania. 

7/10

[Sample] 

Hypocrisy - Worship (2021)

É com toda a certeza uma das mais influentes e ocupadas personagens do Universo do Metal, falo do Sueco Peter Tägtgren que, além de ser ultra requisitado pelos seus dotes de produtor musical está também envolvido em dois projectos paralelos (os Pain que deambulam algures entre o Symphonic Metal o Industrial e o Eletronic e os Lindemann onde partilha o protagonismo com Till Lindemann, o conhecido vocalista dos Germânicos Rammstein), todavia Tägtgren faz incessantemente questão de salientar que a sua banda principal é e sempre será os emblemáticos Hypocrisy. Nascidos no pulsante “caldeirão” do Death Metal Sueco no longínquo ano de 1990 os Hypocrisy rapidamente se foram diferenciando por entre os demais até se estabeleceram como uma verdadeira “instituição” dentro do ultra povoado subgénero do Death Metal. ‘Worship’ é o seu décimo terceiro álbum de originais e aparece depois do maior interregno da banda, oito anos depois de ‘End Of Disclosure’ os Hypocrisy estão finalmente de volta e em grande forma. ‘Worship’ tem o condão de fazer sobressair todos os extraordinários atributos da banda, um Death Metal de autor com impressionantes rajadas de uma intuitiva alternância entre riffs destrutivos e melódicos puxando um estranho sentimento de raiva confortável, poderosos e ofensivos blast beats e as rasgadas e penetrantes vocalizações de Tägtgren, também elas decisivas na singular sonoridade dos Hypocrisy. Um destaque especial para o fantástico single ‘Chemical Whore’, uma declarada e corrosiva critica contra a indústria farmacêutica, um tema actual mas distante da habitual atracção da banda por assuntos que de alguma maneira envolvam alienígenas como também para a sensacional ‘Children Of The Gray’, a melhor faixa de ‘Worship’ na minha opinião. 

8/10

[Sample]