quinta-feira, 17 de junho de 2021

Infinite (2021)

Quando os próprios espectadores se perguntam se realmente estão na carreira certa pois muitos certamente conseguiriam escrever um argumento mais ortodoxo do que estão a presenciar percebemos que estamos na presença de mais uma (e acumula-se a uma velocidade estonteante) catástrofe cinematográfica, falo no novo filme de Mark Wahlberg, ‘Infinite’. Deixo aqui um sincero apelo aos cinemas para não cobrarem bilhetes para este filme. ‘Infinite’ transporta-nos para um universo em que umas centenas de humanos tem o “dom” de reencarnar e terem lembranças de suas vidas passadas, divididos em duas facções, os “believers” que acreditam que esse dom trás benefícios à espécie humana e os ‘Nihilists’ que vem esta “habilidade” como uma maldição e por isso querem extinguir a nossa espécie de vez. Em abono da verdade “este filme” já foi feito centenas de vezes com vampiros, imortais de várias origens, etc. mas isso nem sequer é o pecado original de ‘Infinite’, o factor decisivo para este filme em particular bater recordes de estupidez é a total e intencional ausência de respeito por qualquer leis da física ao ponto de deixar sequências de acção de filmes como ‘Mission: Impossible II’ ou ‘Casino Royale’ passarem para o limiar do credível. O argumento boçal, descabido e sem o mínimo coerência serve para uma narrativa onde nada tem uma explicação plausível, tudo acontece porque dá jeito e ninguém durante todo o filme apresenta um mínimo de objectividade para o que faz, um verdadeiro lixo cinematográfico. Como sempre tenho de dar o mérito a equipa de CGI que não tem qualquer tipo de responsabilidade nesta tragédia da sétima arte.  

4/10

Sem comentários:

Enviar um comentário