Continuamos no separador do cinema para falar de ‘Spiral: From the Book of Saw’. É já neste momento um hábito aparentemente bastante enraizado no cinema Norte-Americano, o de ser “pegar” em franchises de sucesso e tentar extrair mais uma percentagem de lucro dos mesmos. Depois de ter passado praticamente despercebido no cinema ‘Saw’ foi sem dúvida um verdadeiro fenómeno da Internet atingindo mesmo o patamar de filme de culto, no entanto as sequelas foram-se sucedendo e cada uma delas sempre com um exponencial decréscimo de qualidade, ainda assim ‘Spiral: From the Book of Saw’ tem o mérito de não “desfazer” nada do que aconteceu nos filmes anteriores, outra sórdida moda recente do cinema “made in Hollywood’. ‘Spiral: From the Book of Saw’ centra-se em torno de uma esquadra de polícia que se destaca essencialmente por práticas corruptas ou no mínimo eticamente discutíveis enquanto alguém inspirado no “modos operandi” do sinistro e aterrador “serial killer” Jigsaw vai levando a cabo uma “vendeta” contra vários polícias dessa mesma esquadra. ‘Spiral: From the Book of Saw’ podia muito bem uma espécie de versão dos “genéricos” do formidável ‘Cop Land’ (1997) se nos abstrairmos das “armadilhas” inspiradas em Jigsaw, e penso que o principal problema do filme é mesmo esse, estes dois mundos simplesmente não colam e o resultado é um argumento sem credibilidade, assertividade, coerência e consistência. Outro grande revés para ‘Spiral: From the Book of Saw’ é a mediocridade da generalidade dos actores do filme culminando na escolha de Chris Rock para o papel do Detective Zeke Banks, que depois da sua fantástica e surpreendente prestação na Season 4 de Fargo volta a demostrar que definitivamente não foi talhado para este tipo de personagens.
5.5/10
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