O icónico realizador Britânico Guy Ritchie está de volta com ‘Wrath of Man’ recuperando também a sua velha parceria com Jason Statham. Guy Ritchie é sem dúvida um realizador/argumentista que eu aprecio em particular não só pelo seu talento, mas também por ter criado um estilo muito próprio de realização tal como Quentin Tarantino ou Martin Scorsese. No entanto desta vez Ritchie saiu completamente da sua zona de conforto e arriscou um outro formato o que por si só não é sinonimo de fracasso ainda que também dificilmente se possa apontar com um sucesso. A história de ‘Wrath of Man’ centra-se numa vingança escondida por trás de uma vaga de assaltos a carrinhas de transportes de valores, o filme vai tentando manter um ambiente algo sóbrio e cru numa toada que pode ser identificada em filmes como ‘The Town’, ‘Heat’ ou até algumas partes de ‘The Dark Knight’ onde os efeitos visuais claramente passam para segundo plano em prol da credibilidade. Apesar de ‘Wrath of Man’ ser “terreno virgem” para Ritchie o grande problema do filme não é a sua realização mas sim as personagens, algo que Ritchie não costuma de todo descurar mas que desta vez são objectivamente medíocres, juntando a isso as óbvias e inacreditáveis falhas no argumento (outro âmbito em que Guy Ritchie costuma ser exemplar), nem sequer consigo perceber se Jason Statham faz uma representação completamente anémica ou se a sua personagem foi mesmo escrita assim. Pode-se dizer que ‘Wrath of Man’ não é certamente tão medíocre como outros filmes recentes que por aí vão surgindo mas por certo não entra no patamar de qualidade que Guy Ritchie tão bem tem solidificado ao longo da sua carreira.
6.5/10
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