Quem estiver interessado numa experiência para testar o nível de resiliência tem aqui um verdadeiro bombom, falo de mais um dos nomeados aos Óscares da Academia neste caso o filme Japonês ‘Doraibu mai kâ’ ou se preferirem ‘Drive My Car’. Três horas, três longas e paralisantes horas é a duração de mais uma grande decepção, um filme que supostamente está incluído nos melhores de 2021. A história de ‘Drive My Car’ remete-nos para a conturbada vida de Yusuke Kafuku, um prestigiado actor e realizador no âmbito do teatro, que depois de perder uma filha com quatro anos perde também a sua mulher (Oto Kafuku) de forma completamente inesperada. Dois anos depois desse trágico acontecimento ele é convidado para conduzir a peça Uncle Vanya no festival de teatro de Hiroshima e é nessa altura que conhece Misaki Watari, uma jovem motorista responsável por assegurar o seu transporte sempre que necessário (um pouco contra a sua vontade). Muito sinceramente não consigo encontrar uma única razão que justifique a duração de ‘Drive My Car’, facilmente, muito facilmente se poderia cortar uma hora ao filme sem alterar uma vírgula do seu contexto, o perpetuar de filmagens das quotidianas viagens de carro como se dum anúncio à marca se tratasse adicionadas às perpétuas e completamente entediantes leituras do texto da peça atiram ‘Drive My Car’ para um patamar de tédio e monotonia quase insuportável. ‘Drive My Car’ acarreta também grau de pretensiosismo pouco saudável ao querer impingir um padrão de qualidade cinematográfica e artística que simplesmente não detém. Diálogos mundanos e aborrecidos reproduzidos por personagens (na sua grande maioria) também elas altamente aborrecidas também ajudam a fazer de ‘Drive My Car’ um dos filmes mais fastidiosos de que tenho memória.
5/10
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